Você sabe o nome, você sabe o número
Sábado eu fui assistir Casino Royale, a mais nova instância dos filmes de James Bond, e o primeiro na qual Daniel Craig faz o papel do até então charmoso e galante espião da inteligência inglesa.
Este filme é uma marca na franquia, pois conta a primeira missão oficial do espião depois de conseguir o seu status como agente "00". Diferentemente dos filmes anteriores, aonde havia um duelo constante entre Bond e o gênio criminal do momento, que aliás, podia receber mais importância do que o prôprio protagonista que dá nome à série. Aqui, temos um foco completo no personagem de James Bond, que vai além de derrotar o super vilão da vez. Claro, que por outro lado, não seria um filme do 007 se não houvesse uma mente criminosa por trás de tudo, por isso, elementos clássicos da fórmula estão presentes e executados de forma clara e bem dirigida. Mas a principal diferença é que não só é uma história sobre o início da carreira do espião tão famoso, é o começo de uma nova série: Esqueça a história do "batido e não mexido", ou do carro que fazia praticamente tudo sozinho. Este James Bond é bom de briga e não tem medo de usar os punhos para pegar o seu alvo, como a cena inicial do filme mostra claramente. Tendo em vista esse papel de "instrumento contundente", Daniel Craig é perfeito para o papel, com cenas que se aproximam mais dos filmes de kung-fu do que dos antecessores da franquia.
Uma outra coisa que eu percebi depois de sair do cinema, apesar de talvez ser óbvia, é que 007 é possivelmente a franquia de maior sucesso da história do cinema: 0 primeiro filme Dr.No é de 1962. Isso nos 44 anos de filmes que foram mudando discretamente, mas conseguiu realizar 21 instâncias sobre basicamente o mesmo enredo, sendo que até aonde eu sei, cada um foi um sucesso de bilheteria em seu tempo, criando suas próprias tradições e excentricidades, como a abertura e trilha sonora fabulosa. Esta franquia é a prova absoluta e definitiva de que uma fórmula pode dar certo sim, se bem aplicada e bem dirigida. Tanto que a EON Production, detentora dos direitos para o personagem só fez um filme fora dessa série.
Assim, assista um ótimo filme de ação, um ótimo filme do 007, e que nos dá a certeza que ainda veremos muito mais dele na tela, até o ponto em que nossos netos nos visitarão para nos contar o últimos feitos deste espião imortal.
Fora de ritmo
Não, o título não é para falar dos longos e tenebrosos hiatos desse blog, embora sirva para isso também.
Na verdade é para falar de um filme (!) que eu vi no cinema (!!) ontem (!!!): Step Up.
O pobre filme começou mal. Foi lançado aqui no Brasil com o infeliz nome de Ela Dança, Eu Danço, fazendo alusão a uma música tão infame quanto o resultado final.
Por quê eu fui ver esse estrago?
Vejamos:
1) Filme adolescente
2) Com dança
3) Que aparentava ser do gênero "kung-fu aplicável a" que eu tanto gosto (e.g.: Strictly Ballroom)
E por quê eu não gostei?
Em primeiro lugar, eu até gostei. Pra um filme da Sessão da Tarde, ele tem cara de segunda, no máximo terça-feira. É no mesmo nível de Shout: Dois Corações, Uma Só Batida. Que ainda tinha o John Travolta no elenco, vê só.
Mas Step Up peca no princípio: se a idéia era misturar Save the Last Dance (No Embalo do Amor) com Center Stage (Sob a Luz da Fama), faltou fôlego nos dois aspectos.
Ok, as cenas de dança *são* legais. Mas o recheio é que segura um filme, e a idéia que passa é que eles estão mais interessados em mostrar o povo rebolando do que contar uma história. Várias seqüências de montagem de cenas com fundo musical poderiam ter sido usadas para, por exemplo, criar um conflito maior entre o mocinho, Taylor (Channing Tatum) e o seu *rival* Brett (Josh Henderson). Do jeito que foi mostrado nas enormes duas cenas em que eles contracenam, a impressão que dá é que eles quase saem no tapa sem nem saber quem o outro é, e o resultado final é uma coisa meio David Silver de 90210 na fase hip-hop (Tyler) versus Justin Timberlake pré-Cameron Diaz (Brett). Não dá pra levar a sério um antagonismo desses.
Aliás, muitas storylines sobrepostas também dificultam, porque não há tempo de desenvolver todas de uma forma satisfatória, e acaba ficando tudo pela metade. O conflito entre Tyler e seus amigos acontece e se resolve com as frases mais cretinas que um diálogo poderia acontecer. A crise de relacionamento entre Tyler e Nora (Jenna Dewan) é tão, mas tão patética que nem dá pra sentir pena dos dois. Se salvam os "melhores amigos" Miles e Lucy, os coadjuvantes mais passáveis do negócio todo.
O final é tão óbvio que, duh, deixa pra lá.
Mas como eu dizia, Step Up não consegue ser tão "gueto e politicamente correto" quanto Save the Last Dance, nem tão artisticamente divertido quanto Center Stage. Os atores principais só podem ser iniciantes, porque as expressões dramáticas têm o alcançe... Bom, inexistente.
E por quê eu não coloco tudo isso como um desastre total?
Porque o meu gosto é muito, muito duvidável.
Abracadabra
Antes de mais nada, eu só quero dizer que as nótícias de meu desparecimento foram grandemente exageradas. Ultimamente eu não estava com muita vontade ou tempo para escrever, mas esse sábado eu assisti um filme que definitivamente merece ser comentado: O Grande Truque.
Christian Bale e Hugh Jackman fazem o papel de dois mágicos rivais no final do século 19, que obcecados pela sua profissão, não admitem a derrota para o outro, criando efeitos cada vez mais elaborados para manter a atenção do público, assim como o próprio Nolan usa do mesmo artifício para garantir que os espectadores fora da tela também continuem presos à trama.
Inicialmente somos introduzidos a esse fascinante mundo pelo personagem de Michael Cane, um engenheiro, responsável por criar o maquinário necessário para que os truques funcionem de forma convincente e que nos mostra direta ou indiretamente como são os ofícios dessa profissão, e como desvendar os atos do adversário. Também podemos enxergar além da constante luta entre os dois, mostrando suas diferentes personalidades, a forma como cada um desenvolve o seu trabalho e os preços que cada um paga pela sua paixão pela grande arte da magia. Somos convidados a enxergar um mundo elegante, com máquinas fantásticas, capazes de fazer muito mais do que se vê.
Assim somos conduzidos pela história, e cabe a nós prestarmos atenção, olhar cada movimento, nãos nos deixar enganar pelas distrações criadas e ver se conseguimos perceber a moeda atrás da mão do artista.
O Santo Graal dos Quadrinhos
Achei, hoje, assim, sem querer, no sebo do lado do Instituto de Artes.
A Bebe só ria da minha cara de maravilhada.
Mas eu amo essa revista. Ela me traz lembranças boas e ruins. Mas o que importa é que ela traz lembranças.
E agora ela é minha de novo!
Roxy's Tube Special Neptune Edition
Hoje tem Veronica Mars!
Roxy's Tube #3: Temporada 2006/2007
O chute inicial da temporada televisiva 2006/2007 foi dado há 5 minutos, quando terminei de ver o episódio #201 de How I Met Your Mother.
Enquanto todo mundo dizia que My Name Is Earl e The Office ressuscitaram as sitcoms, eu aguardava ansiosamente os episódios dessa série, que tem tudo pra se tornar uma das melhores coisas que já aconteceu na TV desde Friends.
A temporada vai ser complicada por uma série de fatores:
1. O fim da The WB e da UPN, e o surgimento da CW: apesar de decisões contestáveis (como renovar 7th Heaven e cancelar Everwood), a CW é a chance que algumas séries têm de aparecer para um público maior. A reputação das emissoras originais muitas vezes encobria a qualidade de produções como Veronica Mars (na UPN) e Gilmore Girls e Everwood (na The WB). E mesmo com séries de audiência garantida, como Smallville, na grade, a situação ainda é instável. Especialmente levando em conta que:
2. A baixa audiência, apesar da alta qualidade da série, só garantiu a renovação de Veronica Mars por 13 episódios, com opção de full season caso os números aumentem. A minha torcida é que isso aconteça, especialmente se a direção da emissora interferir menos na série, como a UPN fazia. Outra coisa é que, em sua terceira temporada, Veronica Mars vai se livrar do sophomore slump que tornou a segunda temporada um tanto instável (ao contrário da primeira temporada, que, apesar de alguns episódios mais fracos, teve um equilíbrio formidável). A nova fórmula adotada por (Senhor Deus Supremo Gênio Absoluto) Rob Thomas pode trabalhar a favor, usando mini-arcos ao invés de um grande arco e episódios mistério-da-semana. Todas as grandes séries tiveram uma temporada ruim (menos Dawson's Creek, que foi ladeira abaixo da segunda até a sexta), mas VMars ainda tem chance de chegar aos níveis Buffy que todos nós acreditamos que possa alcançar.
3. A outra instabilidade na grade da CW é a mudança de comando na produção de Gilmore Girls. Primeiro, porque Amy Sherman-Palladino deixou uma série de pequenos, médios e grandes desastres pra trás quando terminou o contrato com a Warner. Características essenciais do universo de GG foram distorcidos ou abandonados e a coisa toda se direciona pro desastre. Eu realmente espero que David Rosenthal consiga resolver o problema. Ainda assim, por contenções de banda, vou esperar a temporada começar na Warner (ainda mais que a NET digitalizada permite tirar legendas do canal, yay!) ao invés de assistir por d/l. A nova temporada está anunciada para novembro. E os spoilers são evitáveis.
4. Na realidade, a contenção de banda vai ser o grande problema dessa temporada. A não ser que eu consiga uma conexão só minha, a coisa fica complicada aqui em casa por causa da cobrança de franquia do Vírtua. Assim, decisões foram tomadas, e apenas 4 séries receberão tratamento especial: Veronica Mars (duh!), How I Met Your Mother, Lost (porque a Clau também viciou) e Grey's Anatomy, sendo que os dois últimos em .rmvb, que é pra não exagerar. O resto vai ser relegado à programação da NET ou, conforme o progresso de cada uma, eu penso no caso...
5. A falta de coisas interessantes também pesa na hora de avaliar a nova grade. Ainda acho que tem coisa ruim ocupando espaços aceitáveis, e coisas boas sendo canceladas de forma cruel (rip Everwood). Eu gosto de ver os pilotos das estréias, e a partir daí tomar a decisão de quais acompanhar, mas dessa vez pouca coisa me chama atenção. Acho que o que mais me agrada é Ugly Betty que, apesar das origens, pode se tornar uma série interessante. Sei que a Salma Hayek batalha há tempos pra colocar esse seriado no ar, e a escolha da America Ferrera é fantástica porque diferencia a versão americana da versão colombiana numa questão fundamental: a personagem principal não é *feia* (o exagero da versão colombiana não servia para disfarçar o que todo mundo sabia que aconteceria), mas *fora dos padrões* - e isso é uma diferença gritante, pessoas. Talvez eu veja The Class, mais porque eu adoro a Lizzie Caplan do que por qualquer outro motivo (ela era a única razão pela qual eu suportava Related). Studio 60 pode levar mais algum tempo pra cair nas minhas graças mas eu sei que vou assistir. Heroes também vai depender do piloto (embora a notícia corrente seja que a segunda hora do piloto é melhor do que a primeira). Vamos ver...
A boa notícia, no final das contas, é que as estréias estão dispersas entre setembro, outubro e novembro. Com isso, algumas séries podem evitar a concorrência de outras mais fortes, o que é bom para as produções. Espero que não haja aquele festival de cancelamentos antes do segundo episódio como aconteceu na última temporada. Tem coisas que só ficam boas com o tempo, e a impaciência dos executivos das emissoras me parece um tiro no pé, no final das contas. É impossível alcançar uma audiência comercialmente viável se não se vai ao ar.
Remix, reciclagem e a total falta do que fazer na Globo
O
Exclusivo do Terra relata, entre outras notícias bombásticas (Preta Gil fará papel de travesti! Christina Aguilera mostra seios turbinados! Celulari bisexual incomoda o Exército!), que a Globo e o Antônio Calmon estão cogitando um
remake de Armação Ilimitada.
Em primeiro lugar, Armação Ilimitada é um daqueles lances de genialidade que nunca serão igualados, especialmente se levarmos em conta que a qualidade da programação da TV brasileira só decaiu de 85 pra cá.
Segundo lugar, como eles farão esse
remake? Uma
Malhação só não basta?
Com isso em mente, eu e o
Paulo Torres começamos a discutir as ramificações dessa idéia, e chegamos a conclusões chocantes:
Paulo diz:
E olha o link ao lado: "Série "Armação Ilimitada" vai ganhar remake"
Paulo diz:
Medo
Magical Drama Queen Roxy diz:
Eu vi... Tremei
Magical Drama Queen Roxy diz:
Quem vão colocar? o Java Mayan e o Cauã Reymond?
Paulo diz:
A Luiza Valedetaro como Zelda?
Magical Drama Queen Roxy diz:
Primeiro lancem todos os episódios em DVD... Aí a gente conversa.
Paulo diz:
Reprisaram no Multishow faz um tempo... é 1985 demais
Paulo diz:
Imagina a trilha sonora como seria
Magical Drama Queen Roxy diz:
Charlie Brown Jr, Detonautas, Cansei de Ser Sexy
Magical Drama Queen Roxy diz:
Que mais?
Magical Drama Queen Roxy diz:
Armandinho
AAAAAAAAARGH
Paulo diz:
Armandinho é o pior.
Jota Quest, pq toda trilha sonora tem que ter Jota Quest.
Marjorie Estiano, Ramirez, Forfun e Hateen... e uns reggaes tb.
Magical Drama Queen Roxy diz:
Mas a questão fundamental do remake é:
Quem faria o Chefe?
Paulo diz:
Um substituto pro Francisco Milani
Difícil...
Paulo diz:
Qualquer um menos o Pedro Cardoso!
Magical Drama Queen Roxy diz:
Lúcio Mauro Filho?
Paulo diz:
Até pode ser...
Pensei no Gabus Mendes mais velho (não sei qual é qual)
Magical Drama Queen Roxy diz:
O Tato?
Paulo diz:
O que tem cara de sério
Magical Drama Queen Roxy diz:
Os dois têm cara de sério
Paulo diz:
O que fez
Como Fazer Um Filme de Amor não tem
Magical Drama Queen Roxy diz:
Eu não vi esse filme :P
Paulo diz:
Não perdeu muita coisa... mesmo sendo do Torero...
Magical Drama Queen Roxy diz:
hehehehe
enfim, eu só espero que não seja uma sucursal da Malhação
Paulo diz:
Há um grande risco
Paulo diz:
Luana Piovani como Zelda!
Magical Drama Queen Roxy diz:
Nããããããããããããããããããããããããããão!
Paulo diz:
Verdade, precisa de no mínimo um olhar inteligente...
Magical Drama Queen Roxy diz:
Não dá, o único jeito de não estragarem tudo é simplesmente não fazer o
remake
Paulo diz:
Pode virar filial de
Malhação, ou pode virar filial do seriado da Sandy & Junior
Magical Drama Queen Roxy diz:
Mas aí ia ser uma coisa futurista-decadente-árida, tipo Juba & Lula em Acquária
Paulo diz:
A Sandy como Zelda?
Magical Drama Queen Roxy diz:
Será que o Lucas deixa?
Paulo diz:
Lucas Lima como Lula...
Paulo diz:
Não tem jeito, vai ser tosco
Paulo diz:
E ainda vão achar um papel pro Selton Mello
***
Cruzem os dedos, façam suas apostas, procurem o abrigo nuclear mais próximo!