A luta pela diferença
A maior dificuldade em analisar uma adaptação é justamente saber separar as duas obras. Que o digam os fãs de Harry Potter! Mas no caso das adaptações de quadrinhos, a dificuldade é ainda maior, devido ao grande número de constantes presentes na equação: há, em primeiro lugar, a necessidade de ser fiel ao espírito original dos personagens. Em segundo lugar, o cinema é um meio de alcance maior do que os quadrinhos, e é preciso levar em consideração aqueles tantos espectadores que nunca leram a saga dos heróis, e ainda assim precisam de um ponto de partida para entender a história - o que não impede uma série de referências, quase piadas internas, para a alegria dos fãs. Por último - e, em Hollywood, talvez o mais importante - a rotatividade e a volatividade da fama faz com que, muitas vezes, produções milionárias precisam se adaptar a realidades diferentes. E é preciso fazer isso mantendo uma coerência não só com os primeiros dois pontos aqui apresentados, mas também com os filmes anteriores da série.
Por isso é muito difícil julgar qualquer um dos X Men individualmente. No caso de X Men: O Confronto Final, o trabalho é ainda mais difícil, pois o cerco de imprensa e fãs em cima da produção já seria suficiente pra provocar um desastre. Como se isso não fosse suficiente, Bryan Singer, responsável pelos dois primeiros filmes, abandonou o navio dos mutantes em direção ao SS Superman Returns, e levou a tripulação consigo. O plano original de Singer era fazer o X3 somente depois de terminar o projeto do azulão, mas nós sabemos o quanto as distribuidoras americanas adoram esperar. Então, a Fox decidiu que iria continuar sem ele, nem com grande parte do staff de produção e escritores que estavam trabalhando na adaptação da DC.
Levando tudo isso em consideração, Brett Ratner foi uma escolha perfeitamente razoável para continuar com a história. Ele tinha sido indicado para o primeiro filme dos mutantes, e já fez filmes de ação e aventura muito bons, como O Ladrão de Diamantes. Ele conseguiu dar rumo a três enredos concomitantes no mesmo filme, de forma coesa, caindo de para-quedas no último episódio de uma trilogia e isso merece no mínimo reconhecimento pelo seu trabalho.
No entanto, houve reações diametralmente opostas em relação ao filme. As críticas mais ferrenhas que eu ouvi vieram de pessoas que conhecem os quadrinhos e disseram que a história não presta porque eles mudaram completamente os personagens. Ora, eu tenho apenas duas coisas a dizer: em primeiro lugar, a história já foi modificada, picotada, sacudida e montada do avesso mais do que algumas vezes nesses mais de 30 anos de universo Marvel. Em segundo lugar, o universo do filme é e sempre foi separado das HQs, e este terceiro volume é completamente consistente com o que tinha acontecido até o momento. Um último argumento é que como o próprio mestre Moore disse em entrevista recente: "Não haveria sentido que eu fizesse uma adaptação do livro (...) O que faço é pegar esses personagens para expandir suas vidas além dos limites que eles vivem nos romances".
Devemos lembrar que filmes baseados em quadrinhos são complicados. As produções geralmente fazem sucesso, têm uma boa renda financeira, e ajudam a alavancar carreiras. Entre os fãs, no entanto, algumas discussões são quase eternas. O Hulk de Ang Lee foi lançado em 2003, e ainda hoje pode ser considerado "um filme de arte" ou "um grande lixo verde". O próximo super-herói a tomar as telas, o Super-Homem (e o homem por trás dele, Bryan Singer) terá a difícil tarefa de conciliar, no imaginário do espectador, diversas mitologias conflitantes, dos quadrinhos e dos filmes estrelados por Christopher Reeve até a inovações (nem sempre fiéis) feitas por Alfred Gough e Miles Millar na série Smallville (para alguns novos fãs, aquele é o Super-Homem. Como explicar isso pro pessoal da velha guarda?).
X-Men: O Confronto Final fecha mais uma adaptação bem sucedida dos quadrinhos, trazendo todas as idéias e por que não controvérsia dos mutantes da Marvel, tanto para aqueles que acompanharam a equipe desde a formação original com os colantes amarelos, como para os que se encantaram com a sua versão cinematográfica.
1 Comments:
vamos la, como parte das criticas fui eu que fiz vou fazer uma replica.
X-3 e ruin
não por mudar
não por ser Dark
não por matar personagens principais
e sim pq:
os personagens são burros (magneto queria acabar coma fabrica, coloca a ponte em cima) ele nunca foi burr nos outros filmes.
os personagens morrem sem ter pq (cade a vampira, que toca o colossos e este não morre, cade o noturno o ator não quis já sei, pq matar o ciclope, gastar tempod efiolme com algo que naun adicionou nada na historia)
novos personagens sem peso ou importancia (anjo que ameassa cagar na cabeça alheia, e o leão do magico de OZ)
nem a historia da guerra contra a humanidade foi desenvolvida (magneto vs o mundo)
nem a historia fenix negra ( ela so fica lá, mata o xavier e depois pede pra matarem ela)
nem a historia da cura (que repercução isso teria,
cade os sentinelas, falta de recurso, so assim pra colocar alguem vestido de urso de pelucia com azul guache. ou pro colossus auqele brutamontes , indestrutivel, forte, e estremamente convarde. pq nos combates ele sumia.
na boa e o juguernault, pra que eel pra queimar um personagem no fime e não usar ele??
não dá, pra ver este filme com olhar critico, e se vor ver assim, deixe o cerebro em casa
abraços e são opimiões pessoais
klaus
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