segunda-feira, julho 18, 2005

... And I feel fine

Ray: "It came from some place else!" Robbie: "Some place else, you mean... like Europe?" Pra mérito do Spielberg, eu não enxerguei uma bandeirinha patriótica em Guerra dos Mundos. Isso é bom, porque não ficou aquela sensação de ID4 II. Mas pra quem já fez aliens e naves mais convincentes no início dos anos 80, tio Steven precisa mesmo é voltar a fazer filmes de 4 em 4 anos, de preferência intercalando as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Quem sabe assim a gente tem pelo menos duas obras-primas por década. Eu poderia reclamar demais da opção padrão do cinema americano, de contar a história do ponto de vista de um herói imperfeito, que atravessa a jornada para não só salvar a própria vida, como a dos filhos, da mulher/ex-mulher/namorada/vizinha, além do coelhinho de estimação da vovó. Mas eu sei, eu sei, que a qualquer história precisa de um ponto de partida, precisa de um ponto de vista, e enquanto esse ponto de vista for o Tom Cruise, nada vai acontecer com ele. No geral, Guerra dos Mundos é um bom filme de suspense. Dá uma sensação de pânico ver o asfalto cedendo lugar aos mechas (mechas! mechas!) mais legais desde Matrix Revolutions. E eu nem me assustei tanto assim com a Dakota Fanning. Aliás, méritos ao tio Steven (que já tinha trabalhado com a guria em Taken): ele sabe usar crianças em filmes desse tipo como ninguém (George Lucas, olhe e aprenda). John Williams continua em plena forma, a música é tensa na medida certa. Pontos extras pelas cenas de tensão no porão (não fazia idéia de que o Tim Robbins estava no filme até ele aparecer), pontos perdidos por 1) mostrar os bichos (as pessoas não aprenderam ainda com o erro do Shyamalan?) e 2) por transformar os bichos em "curiosos a respeito" ao invés de "totais aniquiladores" da raça humana. Confissão embaraçosa: eu não li o livro. *blush* Remediarei isso assim que possível. Então, não posso dizer que o filme é melhor, pior, igual ou não faz diferença em relação ao livro. H.G. Wells não pode reclamar. A máquina do tempo foi muito mais abusada (e Guerra dos Mundos ainda tem crédito, graças a Orson Welles). Trailers: Cinderella Man (Russel Crowe mais magro - hmmmmmmmm; Renée Zelwegger, com qualquer peso - nããããããããããão!) e Sin City (sempre bom, e é diferente do último que eu vi) Em breve, o prometido post sobre Battlestar Galactica, que dá de 10 a 0 em termos de "guerra dos mundos"...